Controle financeiro e planejamento pessoal
· O que é o controle financeiro pessoal?
O controle financeiro consiste em organizar sistematicamente todos os seus rendimentos e despesas durante um período específico, geralmente mensal, levando em conta tanto as despesas regulares quanto as variáveis. Esse hábito é fundamental, já que muitos indivíduos não possuem clareza sobre a quantia que ganham e gastam mensalmente, o que acaba gerando desequilíbrio das finanças.
Mas como fazer um planejamento financeiro eficiente para colocar as contas em ordem? Apresentamos agora um passo a passo com as melhores dicas para te auxiliar a manter as finanças controladas.
1. Calcule qual é seu custo de vida:
No que se refere em suas contas a pagar, faça um pequeno exercício: liste todos os custos fixos que você possui, seja aqueles que possuem o mesmo valor todos os meses ou aqueles que possuem uma pequena variação. Como por exemplo:
- Moradia;
- Supermercado;
- Luz;
- Água;
- Telefone;
- Internet;
- Educação.
Qual é o valor médio de todas essas contas no mês? Esse é o custo de vida fixo que você gasta mensalmente. Por esse motivo é essencial calcular esse valor e manter ele claro em sua mente e no papel, como um percentual da sua renda que já está comprometido todo mês.
Não esqueça que também possui despesas extras, então agora que você já entendeu quais os custos fixos que possui, chegou o momento de identificar as despesas variáveis e onde estão seus maiores gastos.
Não se esqueça de registrar
tudo! Isso inclui todos os pequenos gastos cotidianos, desde o café da tarde, a
sobremesa após o almoço, a cervejinha no fim do expediente, até mesmo o
presente para um amigo que fez aniversário. Assim, será simples lembrar onde e
quando gastou seu dinheiro, evitando a sensação de que ele simplesmente
"evaporou". Quando se compreende para onde sua renda está indo,
torna-se mais fácil avaliar o que é essencial e o que é dispensável em seu
orçamento pessoal. Consequentemente, é possível evitar a comprometimento de seu
salário com despesas que não pode arcar.
Para auxiliar nessa etapa de descrição das despesas, você pode utilizar aplicativos ou planilhas de controle financeiro.
2. Descubra onde você pode economizar:
Agora que você separou os seus gastos em categorias, fica mais fácil ver onde você está gastando muito e onde é possível economizar sem ficar no aperto. Como:
- Gastando menos com táxi e aplicativos de transporte;
- Economizando naquele cafezinho de todas as manhãs;
- Trocando o ônibus por uma caminhada, quando possível.
A partir daí você define suas regras de economia. As medidas a tomar vão depender das suas possibilidades e do que é viável no seu caso. Então, é preciso que você consiga pensar em cada um de suas despesas e refletir:
- É realmente necessário gastar tanto com transporte?
- Posso economizar trazendo a comida de casa?
- Quais outros gastos eu posso evitar?
Tenha em mente de que essa economia é a chance de economizar e juntar dinheiro para realizar seus sonhos, desejos, aproveitar os melhores investimentos ou multiplicar seu capital para conquistar um estilo de vida mais confortável.
3. Tenha uma reserva de emergência:
Sabemos que eventos imprevisíveis
podem ocorrer a qualquer instante, daí a importância de estar prevenido, o que
torna fundamental manter um fundo de emergência. A finalidade deste é evitar o
desespero em situações de incerteza, como perda de emprego, gastos inesperados
com saúde, reparos no veículo, dentre outros. Em momentos assim, é necessário
ter segurança financeira, e a reserva de emergência proporciona isso.
O montante ideal para a
reserva de emergência varia de acordo com a necessidade de cada pessoa, contudo
especialistas recomendam que seja de 3 a 6 vezes maior que o gasto mensal do
indivíduo. É importante notar que uma das condições primordiais para essa
reserva é a liquidez, uma vez que o dinheiro investido deve estar disponível
prontamente em caso de urgência. Por conseguinte, é indicado que o dinheiro
alocado para essa finalidade possa ser facilmente acessado.
Construir uma reserva de
emergência é um desafio árduo que requer a avaliação meticulosa da situação
financeira pessoal. Por isso, é importante ter um registro minucioso de todas
as despesas. Ao organizar o orçamento, é possível identificar os gargalos
financeiros e os excessos, abrindo espaço para economizar. Além disso, é
fundamental estabelecer um montante mensal para poupar e investir na reserva de
emergência, desde o início, sem esperar sobrar dinheiro para fazê-lo. Caso
contrário, há o risco de nunca sobrar dinheiro suficiente para economizar e
investir.
4. Não faça compras por impulso:
Isso se explica pelo simples fato do nosso cérebro estar programado a querer prazeres imediatos, mesmo que momentâneos, a partir do momento que esse primeiro desejo passa, é mais fácil tomarmos o controle e nos mantemos firmes em nossos objetivos, que nesse caso seria o de economizar.
Comprar por impulso pode ser muito atrativo, mas esse abito pode te deixar no vermelho rapidamente, e até, esvaziar sua conta bancária. Que tal você deixar de gastar em coisas supérfluas para poder investir, guardar para ter uma aposentadoria mais tranquila ou economizar para conquistar algo que deseja muito? Isso pode ser bem interessante!
5. Comece pequenos investimentos:
Se você já investe, sabe que esse é o melhor caminho para valorizar e render seu dinheiro. Se ainda não começou sua jornada como investidor, esse é o momento de começar a pensar no seu futuro. Agora que você já sabe o que faz com o seu dinheiro, está na hora de fazer seu dinheiro trabalhar por você.
A maioria das pessoas que não entendem muito sobre investir, decidem colocar seu dinheiro na conta poupança padrão, ele estará seguro e disponível sempre que você precisar. No entanto, esse tipo de conta quase não rende juros, o que significa que a inflação vai corroer o valor de suas economias ao longo do tempo. Em vez disso, você pode colocar seu fundo em uma conta poupança de alto rendimento, certificado de depósito de curto prazo (CD) ou conta do mercado monetário.
Caso esteja começando a investir agora e não se sente seguro, é normal que existam algumas dúvidas. Para que você fique dentro de uma zona de conforto de segurança e rentabilidade, a melhor alternativa são os investimentos de renda fixa. Neste caso, você compra a dívida de um banco (como é o caso do CDB) podendo ser também até dívida do governo (como no caso do Tesouro Direto) e depois é pago ao final de um prazo com as correções dos juros do período. Nos dois os casos, governo e bancos pegam o dinheiro dos investidores para financiar atividades. Em troca, oferecem uma rentabilidade que pode ser prefixada ou pós-fixada.
O primeiro passo para se tornar um bom investidor, é entender melhor os principais investimentos para quem está começando agora, mas não desista. Afinal, dinheiro parado não rende.
Postar um comentário